quarta-feira, 27 de outubro de 2010

seize the day

"Seize the day
or die regretting the time you lost"

Ouça esse conselho!
Aproveite o dia.
Mas aproveite mesmo! Cada minuto é importante demais pra ser desperdiçado esperando o amanhã, ainda mais que esse tal de amanhã nunca chega. O que existe realmente é o agora e o que ainda a pouco era o agora já é passado também.
Ame alguém.
Mesmo que esse alguém não te ame.
Sinta!
Observe mais as pessoas, deixe de ser egoísta! Veja que tem mais gente no mundo;
que também tem problemas;
gente que também só quer ser feliz e mais nada
ou vai me dizer que já viu alguém dizendo que quer ser triste?
A vida já é curta demais, não encurte-a ainda mais.
Aproveite intensamente, mas não corra!
cada segundo tem seu valor imensamente aumentado quando apreciado de uma forma produtiva.
tem alguma coisa que lhe incomoda? Pois não se acomode meu filho!
Reaja!
Faça da palavra uma arma, mas uma arma de mudanças.
Fale o que te que ser dito, mas não magoe ninguém.
Seja educado, ajude mesmo sem ser solicitado.
dê um presente a alguém que você gosta! mesmo que não tenha uma data especial, até pq não existe data mais especial que o agora.
não dê tanto valor ao dinheiro, ele é sujo.
não sabe o que dar de presente? surpreenda! colha uma flor amarela da beira da calçada. Quer que seja algo mais emocionante? roube uma flor da casa de alguma senhora idosa. Se isso fizer alguém abrir um sorriso com certeza ela nem vai se importar.

Seja!
Sinta!
Ame!


Aproveite o agora!
E o amanhã?
Deixa pra outro dia :)

sábado, 23 de outubro de 2010

mais

Não consigo mais.
cansei.
O tempo já me mostrou
que por mais que se tente ser mais
com o tempo tu te tornas
apenas
mais um.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Igualzito

Ninguém tem o mesmo gosto
Ninguém tem o mesmo cheiro
Ninguém tem o mesmo rosto
E isto é igual pra todo no mundo!

Ônix

Que olhos!
Mas que diabo é essa menina
Ela tem uma coisa que me faz parar de rir
Me faz esquecer que sou herói
Faz-me silencioso e simplesmente um reles apreciador

Deve ser algo de hipnótico naqueles olhos negros
Me deixam sem piscar
Me deixam neurótico
Me fazem pensar
Porquê tão profundos assim?

Ela tem a alma nos olhos
Olhos que mostram ainda um pouco mais
Mostram um lado diferente de seu jeito tão gentil
Onde seus sorrisos já não brilham há algum tempo

Podem ser só minhas dores de amores já enterrados
Refletidas em um espelho da minha própria mente atordoada
Que olhos!
Sinto que a quero perto

Me vejo como uma bruxuleante vela
Tentando com afinco
Derreter o temível gesso que parece comprimir o coração dela
Eu sei!

Dentro desse gelo todo há um brilho maior nos olhos dela
Eu posso fazer-me incêndio
Mesmo que sendo só um toco de vela
Ainda que eu tenha que consumir-me em cinzas e cera
Mas não sem antes ver uma ponta desse brilho

Sempre que os vejo não consigo deixar de admirá-los
São as pedras Ônix mais bem lapidadas pelo próprio Deus
Pedras que sabe-se que tem poderes mágicos
Meu Deus do céu! Que olhos!

Eu fico com aquela cara de bobo
Aquela mesma que todos os homensa fazem pelo menos uma vez na vida
Geralmente ela é acompanhada por mente vazia e frases incoerentes
De repente acaba o assunto
E então conversa-se por horas

Mas que conversar o quê!
Eu ficaria dias
Quiçá meses aqui sentado
Só sentindo aqueles olhos
Que me devoram por dentro
Mesmo sem querer ou saber
Eles fazem com que me liberte de tudo
Sorria sem motivo e voe alto
Discursando comigo mesmo:
Deus do céu! Que olhos!

Maldita Saudade (um poeminha antigo*)

Maldita Saudade.
As vezes ela vem do nada.
Me faz sorrir,
Lembro dos teus olhos azuis
E de tua risada estridente

Ás vezes, sento nos bancos de uma praça qualquer
Observo crianças correndo
Fico imaginando qual seria tua aparência hoje
Será que serias forte como o pai?
Ou serias atencioso como a mãe?

Então choro.
Lembro das noites em claro
Parece que ouço teus soluços no quarto ao lado
Me revolto por ter sido tão fraco naquelas horas.
Lembro do frio. Fazia muito frio naquele outono.

Queria ter super-poderes.
Gostaria de poder ter tomado tua dor
Ou quem sabe o teu lugar nesta viagem.
Minha alegria infantil era te segurar nos braços
Arquitetar brincadeiras para quando você fosse grande o suficiente

Agora estou aqui outra vez
Olhando pra essa lápide fria
Com milhões de lembranças corroendo meu ventre
Penso na mãe, no pai,
Sinto orgulho da força deles
Sinto vergonha por não ter sido forte
Por ter agido como a criança que eu era.

Já está ficando tarde
Ouço o barulho do trem e vejo nuvens pesadas se avolumando
Prometendo chuva pesada para a noite
Preciso voltar para casa

Essas lágrimas teimosas
Se misturam à tinta e borram minhas palavras
Mas não te preocupes
Eu juro que tenho vivido.
Cresci, amei, tenho amigos os quais considero irmãos
Mas mesmo assim

Queria que você estivesse aqui meu irmão.